Todo mundo que já abriu o capô do carro com o motor em funcionamento já viu uma correia, sempre em alta rotação, presa por algumas polias e tensores. É a correia dentada, peça de extrema importância que atua no motor do veículo, ligando o eixo-comando de válvulas ao virabrequim do motor, sincronizando-os e fazendo com que as válvulas de admissão e de escapamento se abram e fechem no momento exato. Também mantém o sincronismo entre o virabrequim (que transfere a força do motor às rodas) e o comando de válvulas (responsável pela entrada e saída de gases no cilindro). Não é possível identificar problemas na correia sem desmontar partes do motor. As formas de verificação da correia são através do acompanhamento da quilometragem ideal para troca ou indo até a oficina, onde o mecânico com as ferramentas adequadas conseguirá identificar o estado da correia retirando as peças que a envolvem.
Recomenda-se a revisão do conjunto de seis em seis meses. Deve-se revisar não somente a correia dentada, mas todo o conjunto que faz parte do seu mecanismo que chamamos de “transmissão de força”, composto também por tensionadores e polias, nos intervalos das revisões periódicas, a cada seis meses ou a cada 10 mil km. Esse intervalo também pode variar de acordo com o modelo do veículo, sendo aconselhável verificar também o manual do fabricante. A quebra da correia durante o funcionamento do motor pode causar graves consequências ao conjunto motor e grande prejuízo ao dono do veículo. Se a correia quebrar, o motor perderá seu sincronismo causando choque direto e desordenado entre seus componentes internos como pistões, válvulas, bielas e cabeçote. O motor vai parar de funcionar imediatamente, pois não terá mais condições de transmitir o movimento. Algumas montadoras começam a usar um novo dispositivo no lugar da correia dentada, as correntes, que executa a mesma função, porém, tem manutenção diferente.